Os profissionais da saúde que atendem no Pronto Socorro do Guamá, em Belém, estão com as atividades paralisadas desde às 7 horas da manhã desta quarta-feira (16). A paralisação deve durar 24 horas. Durante toda a manhã de hoje, os servidores realizam um ato público em frente ao PSM para reivindicar melhores condições de trabalho e benefícios trabalhistas. A categoria garante que os serviços de urgência e emergência do hospital estão funcionando normalmente. Somente os caso ambulatoriais e marcação de consultas estão suspensos.
'Nós vamos manter os 30% de profissionais atuando, como manda a lei. Nossa intenção é chamar atenção da Prefeitura para a situação do PSM do Guamá', explica o coordenador do sindicato da categoria, Carlos Haroldo Costa.
Segundo Costa, as principais reivindicações dos profissionais são o pagamento de adicionais noturnos, vale-alimentação e incidência de triênio, um benefício trabalhista. Médicos e enfermeiros também reclamam das péssimas condições de trabalho no hospital, onde, segundo eles, faltam até insumos para a realização de exame. 'Tem exames que foram terceirizados por falta de reagentes, que deveriam ter o resultado no mesmo dia, mas só saem dois dias depois. Muitas vezes o paciente já até morreu', denuncia Carlos.
Ainda segundo ele, a superlotação do hospital é outro grande problema. 'O pronto socorro foi projetado para atender três mil pacientes por mês, mas atendemos até quatro vezes isso', reclama. Atualmente, segundo o sindicato da categoria, 900 servidores da saúde trabalham no pronto socorro, mas para atender satisfatoriamente a demanda seriam necessários pelo menos 1.200. 'Como não foi realizado nenhum concurso público, a situação fica precária', ressalta o coordenador do Sindsaúde.
Outra reclamação é com relação a uma obra inacabada no posto. 'Já tem um ano que começaram a obra da fachada e recepção', denuncia. Como forma de protesto, os servidores farão a comemoração de um ano da obra, com bolo de aniversário e parabéns. A paralisação de 24 horas também acontece no Serviço Samu, na próxima terça-feira (22). Os profissionais de saúde também vão marcar a assembleia que vai deliberar sobre a possibilidade de uma greve na saúde municipal.
O Portal ORM já entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e aguarda um posicionamento.
Redação Portal ORM
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