...publicadas pelo ex na INTERNET
Caso aconteceu em 2005 após o término do namoro, em Maringá, no Paraná.
Ex-namorado foi condenado por injúria e difamação seis anos depois.
A jornalista Rose Leonel comemora ter obtido na Justiça uma vitória contra o ex-namorado, que foi condenado por injúria e difamação por ter postado na internet fotos íntimas dela. O caso ocorreu no fim de 2005 logo após o fim do namoro. Em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (17), um dia após a divulgação da sentença, Rose disse que o episódio foi um pesadelo em sua vida. “É a tal sensação de estar dormindo com o inimigo", disse.
"Hoje sinto um alívio moral, mas nada pode reparar a minha dor", afirma Rose |
Moradora de Maringá, no Norte do Paraná, a jornalista conta que o fim do relacionamento motivou o ato do ex-namorado, que atua como empresário na cidade. "Depois de quase quatro anos de namoro, percebi que ele não se dava bem com os meus dois filhos e que um possível casamento não daria certo. Aí resolvi terminar de vez, foi quando ele afirmou por várias vezes que não aceitava e ficou totalmente transtornado, me ameaçava por telefone quase todos os dias", explicou Leonel.
Rose contou também que descobriu a intenção do ex-namorado através do e-mail dele. "Como eu ainda tinha a senha dele, acessava o e-mail quase todos os dias só pra ver como ele estava. Em um desses acessos descobri uma negociação com um técnico de informática, onde ele perguntava como deveria proceder para publicar fotos minhas e quanto custava. Depois de 15 dias de negociação, ele pagou R$ 1 mil em aparelhos, que facilitariam a publicação das fotos".
Rose disse que no mesmo dia em que percebeu a conclusão da negociação, foi até um cartório e registrou a notificação da intenção do crime. "Ele assinou a notificação e estava ciente que se desse continuidade ao procedimento, seria penalizado", afirmou.
"Foi a partir daí que o pesadelo começou. Ele disse que não tinha medo da Justiça e além de publicar minhas fotos, informava que eu era garota de programa e ainda divulgou o telefone da minha casa, do meu trabalho e o celular do meu filho. Eu comecei a receber ligações do Brasil inteiro perguntando 'se eu estava disponível', me senti muito mal, decepcionada, não tenho nem palavras pra descrever os péssimos momentos que passei (...)", relatou.
Emocionada, Rose contou que além de se sentir excluída da sociedade, perdeu amigos, emprego e pediu para que o filho mais velho fosse morar em outro país junto com o pai para que ele se afastasse dos boatos.
Condenação
Seis anos após a repercussão do caso, o empresário foi condenado por injúria e difamação por ter veiculado as internet fotos íntimas da ex-namorada na mídia digital. Ele terá que prestar serviços comunitários e pagar uma indenização mensal durante um ano e onze meses no valor de R$ 1.200,00. A decisão foi em segunda instância.
"Hoje sinto um alívio moral, mas nada pode reparar a minha dor. Agora é vida nova, apesar de não conseguir confiar em mais ninguém, espero encontrar alguém que seja do bem e que eu possa viver com tranquilidade e amor", desabafou Rose.
egundo perito, Rose tinha uma média de sete milhões e quinhentos mil links relacionados ao seu nome na internet |
Como o crime foi desvendadoO perito digital Wanderson Castilho disse que a abrangência com o nome de Rose na internet era 'absurda'. "Quando comecei a pesquisar o caso, percebi que ela tinha sete milhões e quinhentos mil links relacionados ao nome dela. Quando eu entrei na parte de mensagens instantâneas, era um pedido para adicionar a cada três segundos, sem contar que ela recebia pelo menos 500 ligações por dia", relatou.
"A primeira coisa que decidi fazer foi entrar em contato com um site da Alemanha, onde as fotos também foram divulgadas que tinham aproximadamente 200 mil acessos diários. O dono do site me passou informações e eu consegui pedir uma quebra de sigilo. A partir daí, descobri que o login e a senha do administrador dos links estava sendo acessada de um computador em um shopping de Maringá. A loja era do ex-namorado de Rose. Tudo se confirmou", finalizou
Fonte: Folha do Pará
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