Velha e Sonolenta Mãe
Não ouves direito o que te falo mouca?
O teu andar compassado alá filha do vento
Hoje medem passos em turvos olhos d’água
Faz parte de um soluçar silenciado por dentro.
A oclusão desconexa escorre-te a polenta
É apenas empapada...
Não podes acelerar?
A ciranda agora roda em eterna correria
Na mochila que me punhas pão e caderno
Traz um notebook...
É o amigo de cada dia.
Ontem tua paciência de Jó me aguardava
No meu zig, zig, zá de teimosia me afagava
Minha vida mãe, agora é um versejar malfeito
Não sei por quanto tempo te terei por perto
Pra dizer que te amo, recostado em teu peito.
de Dom Morais
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