Ordem defende medida para garantir o ressarcimento ao erário de tudo o que foi desviado da Alepa
Os pedidos serão analisados pelo conselho numa sessão reservada, na próxima quarta-feira, 25. Fraudes em licitações, contratos e na folha de pagamento podem ter resultado no desvio de milhares de reais, ainda em levantamento. O presidente da OAB-PA argumenta que já existem indícios suficientes de autoria para que sejam solicitadas as prisões dos responsáveis pelas fraudes. "O primeiro a ser preso deve ser o Domingos Juvenil (PMDB)", destacou, referindo-se ao ex-presidente da Casa de Leis, sobre o qual recai a responsabilidade pela maioria das irregularidades já apuradas. Vasconcelos também defendeu a prisão da ex-chefe da Divisão de Pessoal da Alepa e principal fonte denunciante dos crimes, Mônica Pinto. "A confissão não exime de prisão", justificou.
Segundo Vasconcelos, o pedido de prisão se ampara na manutenção da ordem pública. "Queremos dissipar o sentimento de impunidade, de que os ricos têm mais direitos do que os pobres. A gravidade dos crimes levou a uma comoção social. O povo não acredita que essas pessoas serão presas", destacou. Com relação à indisponibilidade e sequestro dos bens dos envolvidos, a Ordem quer prevenir que os bens particulares adquiridos com o enriquecimento ilícito dos acusados não sejam transferidos para os nomes de terceiros e nem sejam evadidos.
A OAB-PA planeja realizar duas caminhadas, sendo a primeira no próximo dia 28, em protesto pelas fraudes na Alepa. Durante a "Caminhada cívica contra a corrupção, pela paz e pela vida", que sairá da sede da ordem até o MPE, serão recolhidas assinaturas de entidades e de cidadãos em apoio aos pedidos de prisão e de indisponibilidade e sequestro dos bens e suspensão dos direitos políticos dos envolvidos. Os pedidos da OAB não indicarão os nomes a serem atingidos pelas medidas. O indiciamento é competência do MPE.PR anuncia até terça se assina pedido de CPI
O PR promete decidir, até a próxima terça-feira, se apoia ou não o requerimento que pede a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as irregularidades que imperaram no Poder Legislativo estadual durante toda a gestão do ex-presidente da Assembléia Legislativa, Domingos Juvenil, do PMDB. Segundo Raimundo Santos, líder do partido na Casa, a bancada tem se reunido constantemente para debater o assunto. Na Assembléia, além de Raimundo, outros três deputados fazem parte da legenda: Celso Sabino, Luzineide e Eliel Faustino. Ou seja, caso eles resolvam apoiar a CPI, o requerimento proposto por Edmilson Rodrigues (PSOL) contará com uma assinatura a mais do que as 14 necessárias para que a Comissão saia do papel - atualmente, o documento possui onze assinaturas.
"De princípio, a bancada não estava propensa a assinar, porque aguardava a finalização da sindicância. Depois, achamos que a sindicância não foi suficiente, mas o presidente (Manoel Pioneiro) se propôs a apresentar todos os documentos solicitados pelo Ministério Público. Ultimamente, com o agravamento das informações, voltamos a nos reunir e refletimos que a Casa tem a necessidade de dar uma resposta política à sociedade", declarou Raimundo Santos.
Sobre a realização de uma auditoria externa para analisar a folha de pagamento e finanças da Casa, Raimundo Santos disse ser favorável. "Não é só pela transparência. Mas teremos mais condições de minudenciar os levantamentos que precisamos. É preciso uma empresa com profissionais renomados para dar uma avaliação mais efetiva dessa casa", defende.
Durante a reunião de Pioneiro com alguns líderes de bancada da Casa, o líder do PR foi convidado para ser o ouvidor da Assembleia. Porém, ele ainda não deu uma resposta. "Eu só aceito depois de avaliar, saber qual a estrutura que eu vou ter para a ouvidoria funcionar e se houver concordância de todos os partidos", disse Raimundo, que explicou ainda que o departamento será uma ligação entre a Assembléia e a sociedade.
Deputados aprovam auditoria externa na Assembleia Legislativa
Na próxima semana deve ser divulgado o edital do pregão eletrônico que a Assembleia Legislativa realizará para contratação da empresa que fará auditoria na folha de pagamento e finanças da Casa. O assunto foi discutido na terça-feira, durante reunião entre o presidente do Poder Legislativo, Manoel Pioneiro (PSDB), e demais membros da mesa, que se posicionaram favorável à realização de uma auditoria externa. Pioneiro informou que aguarda apenas a conclusão do edital com detalhes da licitação. "Tem mais de uma semana que estamos aguardando isso. Precisamos passar a limpo algumas coisas da Casa", afirmou o tucano.
Em coletiva à imprensa, na manhã de ontem, o presidente da Alepa respondeu às declarações feitas pelo procurador do Trabalho, Sandoval Alves, de que os números de comissionados e temporários revelados pela atual gestão da Casa não são confiáveis, porque divergem das informações prestadas anteriormente pelo Poder Legislativo. "Ele (Sandoval) nunca me solicitou nenhuma informação. Os dados que eu estou passando são os atualizados. Os de outubro eram referentes aos antigos deputados. Todos os dias os números mudam para mais ou para menos", declarou.
Banpará tem até amanhã para entregar extratos da casa
Amanhã termina o prazo para o Banpará entregar ao Ministério Público do Estado os documentos da quebra do sigilo bancário da Assembleia Legislativa do Pará. Por determinação do juiz Helder Lisboa, da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, dada no último dia 28, o banco deverá entregar os extratos com toda a movimentação bancária realizada pelo Poder desde janeiro de 1994 até os dias atuais. O banco combinou com o MPE que entregaria parte dos documentos na semana passada, mas descumpriu o acordo. O presidente da Alepa, deputado Manoel Pioneiro (PSDB), contatou o promotor de Justiça Nelson Medrado dizendo que levará cópias dos mesmos dados bancários na tentativa de dar uma demonstração de boa vontade com a apuração dos desvios de recursos na Casa. A entrega dos documentos pelo banco estaria sendo adiada a pedido de Pioneiro, que quer realizar o procedimento na frente.
O promotor Medrado está de olho no prazo do Banpará. Ele disse que não vai titubear em ajuizar processos penal e por crime de improbidade administrativa contra o banco, caso o prazo seja descumprido. O Banpará vai repassar cerca de 60 mil documentos que deverão ser formalmente entregues na 1ª Vara da Fazenda e, de lá, serão enviados ao MPE. Pioneiro teria feito um comunicado ao banco para abrir o sigilo da instituição ao MPE, apesar da medida já ter sido determinada pela Justiça. Independentemente do material que será entregue por Pioneiro, a iniciativa não isenta o banco de cumprir integralmente a determinação. Pioneiro vai combinar com Medrado a hora e o local da entrega dos extratos.
Fábrica de tapioca fazia obras e vendia até material elétrico
A Comissão Externa da Câmara Federal, que esteve em Belém na semana passada, trouxe mais elementos para as investigações do Ministério Público do Estado sobre as fraudes na Assembleia Legislativa do Pará. Segundo a denúncia, que foi veiculada ontem pela TV Liberal, a empresa JC Rodrigues de Souza, de propriedade de José Carlos Rodrigues de Souza, é registrada como fabricante de farinha de tapioca e derivados, mas sempre saía vitoriosa de licitações da Casa para serviços diversos.
A firma forneceu materiais elétricos e prestou obras de engenharia, entre 2005 e 2006, recebendo mais de R$ 2 milhões pelos serviços. O presidente do Poder era o atual senador Mário Couto (PSDB) e a integrante da Comissão de Licitação era a ex-mulher do empresário, Daura Irene Xaver Hage, que chegou a ser presa temporariamente durante as investigações do MPE.
Em 2007, a ex-deputada Regina Barata (PT) chegou a denunciar o caso no plenário da Alepa. Na ocasião, o ex-presidente da Alepa ganhou o apelido de "Tapiocouto". A referida empresa, cujo nome fantasia é Croc Tapioca, também fornecia farinha de tapioca, usada na Alepa para servir mingau aos deputados e assessores em plenário.
A matéria da repórter Jalília Messias exibiu notas fiscais comprovando que a JC Rodrigues forneceu material elétrico para a Alepa no valor de quase R$ 80 mil, em março de 2006. A reportagem exibiu a assinatura de Daura no processo licitatório que teve a firma do ex-marido como vencedora. Outra nota fiscal, de maio de 2006, emitida pela empresa Tópicos Comércio de Gêneros Alimentícios Ltda, venceu a licitação da Alepa de R$ 148 mil para reformar o auditório e a galeria de ex-presidentes da Casa. A Tópicos tem o mesmo dono e o mesmo endereço da Croc Tapioca, em Icoaraci, mas não tem registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).
O advogado Américo Leal falou em defesa de Daura Hage na reportagem da TV. Ele defendeu a honestidade da servidora da Alepa e disse que ela era subordinada e, portanto, cumpria ordens.
Amazonia Jornais
www.acaiazedo.blogspot.com
ESTOU TRISTE COM JARBAS VASCONSELOS SE UNIR COM OS MAIORANAS A NOSSA OAB NAO PRECISA DESTE APOIO ELE ESTA DEPRECIANDO O TRABALHO DO PROMOTOR ESTA CAMINHADA E PRA ELE TER UM PALANQUE POLITICO ELE PROPRIO DEU PARA ANA CEM MIL DA NOSSA OAB E AGORA .
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