Aids não para de crescer na região Norte

Ao contrário das demais regiões do País, os números de novos casos e de óbitos decorrentes da Aids não param de crescer na região Norte. O alerta foi feito ontem pelo coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer, durante a análise do resultado do Relatório Mundial da Epidemia de Aids 2010, divulgado na terça-feira. 'No Brasil, como um todo, a epidemia está estável, mas continua aumentando no norte do País. A região apresenta uma situação adversa, que exige por parte dos governos da região, e com apoio e mobilização do governo federal, [esforço] no sentido da reversão', explicou Chequer.

'Há uma necessidade urgente de implementação de políticas públicas voltadas, especificamente, para a região Norte. E são políticas que o próprio governo já estabeleceu, quer dizer, há necessidade de uma mobilização política na Região Norte, da sociedade, da mídia, no sentido de se fazer implementar ações que já estão preconizadas. Inclusive, o governo federal repassa recursos para os Estados e municípios. Só que em muitos destes estados e municípios nortistas, os recursos estão lá parados', complementou.

Os dados detalhados sobre o Brasil serão divulgados pelo governo federal somente no dia 1º dezembro. A base dos dados do coordenador da Unaids, são do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, onde a taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de casos de Aids notificados na Região Norte passou de 15,4, em 2007, para 18,6, em 2008. Ele apontou como causas para o aumento dos casos de Aids no norte do Brasil 'dificuldades físicas' e a presença 'um pouco tênue' do Sistema Único de Saúde (SUS) na região. 'Há necessidade realmente de uma revisita de agenda política na Região Norte no sentido de reverter esse quadro'.

Pelos dados, cinco estados nortistas aparecem entre as 15 maiores taxas de incidência de Aids: Roraima, com 34,9/100.000 habitantes (2º lugar), Amazonas, com 30/100.000 (5º), Amapá, com 20,6/100.000 (8º), Pará, com 17,7/100.000 (13º), e Rondônia, com 17,6/100.000 (14º). Entre as capitais, quatro da região, figuram entre as dez primeiras: Manaus, com 53,8/100.000 (5º), Boa Vista, com 51,3/100.000 (6º), Belém, com 44,7/100.000 (8º) e Porto Velho, com 44,3/100.000 (9º). 'Sensível a esses números, o ministro da Saúde [Alexandre Padilha] levantou a bandeira e o compromisso político do governo federal de fortalecer as ações nas regiões Norte e Nordeste, porque, realmente, não se pode admitir que a situação fique dessa forma', disse Chequer.

 Fonte: ORM / Açai Azedo

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