Mulheres em busca de novos voos

Delegada Beatriz Silveira: “Somos estimuladas desde cedo a procurar

A prevalência da força de trabalho feminino em setores como o serviço doméstico não é mais realidade no Estado do Pará. De acordo com um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), em 2010, o nível de emprego da mão de obra feminina no Estado cresceu 7,86% em relação ao ano de 2009.
Além do saldo positivo de quase 27 mil postos de trabalhos femininos, o estudo também aponta que houve uma mudança em relação à área de atuação das mulheres no Pará. Em 2009, cerca de 106 mulheres trabalhavam na área do serviço doméstico, sendo que, em 2010, esse número caiu para 63.
BOAS COLOCAÇÕES
De acordo com o técnico do Dieese, Everson Costa, essa realidade está ligada à busca pela melhor qualificação da mulher paraense. “Em especial, as mulheres conseguem ingressar mais no mercado. Elas buscam maior qualificação para que saiam dos empregos que pagam menos para buscar melhores colocações”.
Segundo os dados apresentados, o número de mulheres é maior nos cargos que exigem maior qualificação. Em 2010, o total de mulheres com o terceiro grau completo chegou a 75.944, contra 54.208 homens. “A busca pela qualificação está relacionada ao fato de as mulheres poderem selecionar onde trabalhar e exercer outros papéis que não só o doméstico”, afirma Everson.
Exemplo de mulher que conquistou uma boa colocação no mercado de trabalho, a delegada Beatriz Silveira acredita que a própria formação familiar atual da mulher faz com que ela busque maiores cargos. “Somos estimuladas desde cedo a procurar o sucesso profissional”, acredita.
À frente da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos há aproximadamente três anos, ela acredita que a mulher, hoje, tem mais determinação para chegar aos cargos de chefia. “A mulher tem essa força de vontade para conciliar os afazeres domésticos com o sucesso profissional. Por isso, com o tempo, a tendência é que esse espaço que vem sendo conquistado agora se consolide cada vez mais”.
Assim como Beatriz, a maioria das mulheres que conquistaram espaço no mercado de trabalho em 2010 está na área da administração pública. Em comparação ao ano de 2009, o Pará teve um saldo de 8.446 empregos nesta área. Dentre as vantagens, está a remuneração que, nesse setor, não difere dos salários pagos os homens. “No serviço público, o salário é tabelado, mas o que acontecia era que antes as mulheres tinham mais dificuldade de chegar aos cargos de chefia”.
Segundo o Dieese, mais da metade das mulheres ocupadas em 2010, que somam 370.211, recebiam até 1,5 salários mínimos de remuneração máxima. Mesmo com a situação ainda preocupante, a empresária Elaine Aurélio acredita que as mulheres mudarão esse quadro. “As mulheres querem melhor qualidade de vida. Elas não se contentam mais só em ficar em casa, querem independência”.
REMUNERAÇÃO
Segundo o Dieese, mais da metade das mulheres ocupadas em 2010, que somam 370.211, recebiam até 1,5 salários mínimos de remuneração máxima.
QUALIFICAÇÃO
Ainda segundo o relatório, em 2010, o total de mulheres com o terceiro grau completo chegou a 75.944, contra 54.208 homens. (Diário do Pará)

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