Belém realiza casamento homoafetivo coletivo

União de quatro 'casais' marcou o Dia Internacional do Orgulho Gay


Graziela Mendonça
Da Redação

Um sonho realizado. Esse era o sentimento unânime dos quatro casais unidos ontem na 2ª celebração coletiva de contrato de união homoafetiva, promovida pelo Centro de Referência, Prevenção e Combate à Homofobia da Defensoria Pública do Estado. Realizada no Dia Internacional do Orgulho Gay, a cerimônia reuniu amigos e familiares dos casais, que lotaram o auditório-sede da Defensoria. Para os casais, que trocaram alianças e promessas de amor e lealdade, a união celebrada ontem simbolizou também uma conquista na luta pela igualdade de direitos. O reconhecimento legal da união homoafetiva foi aprovado este ano, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a defensora pública Rossana Parente, que presidiu a cerimônia junto ao defensor Silvio Broto, o contrato de união estável reconhece os casais homoafetivos como entidade familiar, prevendo os mesmos direitos garantidos aos casais heterossexuais. 'Ao assinar este contrato, o casal possui resguardados os direitos sucessórios, de partilha de bens, para fins previdenciários, planos de saúde e imposto de renda, entre outros', enumerou a defensora. Para Rossana, os casais assumiram uma grande responsabilidade. 'Hoje, pesa sobre vocês o compromisso da formação de uma família. E a responsabilidade de vocês é ainda maior por conta do preconceito que, infelizmente, ainda existe na nossa sociedade', ressaltou a defensora.

Depois de um relacionamento de três anos, as servidoras públicas Ariane Silva, de 35 anos, e Lorena Ellen Gomes, de 28, celebraram ontem a união estável. Ariane conta que as duas se conheceram no ambiente de trabalho. 'Primeiro rolou uma paquera, que depois virou namoro e hoje estamos nos unindo oficialmente', lembrou, emocionada. Antes da cerimônia, Lorena Ellen não conseguia disfarçar o nervosismo. 'Estou tensa, pois esperamos muito por este momento, é uma felicidade muito grande', declarou. As duas, que já dividem o mesmo teto há dois anos, fazem planos para o futuro. 'Estamos pagando nosso apartamento próprio e vamos nos mudar ano que vem. Assim que for possível, vamos realizar outro sonho: o de adotar o nosso filhinho', diz Ariane.

Fonte: ORM/Oliberal

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